terça-feira, outubro 07, 2008

Now she's a turtle

Com o retorno do iPof tenho ouvido músicas como não ouvia desde a décima quinta formatação do meu HD. Claro que o blip contribuiu pra intensificar essa vontade de ouvir música. Só que o blip é pesado demais para um computador tão velho como o meu. Logo, fico só no iPof. O blip fica para datas comemorativas.

Daí vem a questão: o que eu ando ouvindo? Muita coisa eu vou omitir, por vergonha. Digo que tem uma banda nacional, cujo vocalista tem uma dicção horrível e uma voz pior. Essa mesma banda tem um modo de se portar que eu acho ridículo e o vocalista é nojento. Gostei da música, fazer o quê, shame on me.

Fora isso baixei um The Best of Siouxsie and the Banshees. E é disso que eu vim falar. Já conhecia alguma coisa como Christine, the strawberry girl, e Happy House, que acaba me lembrando do Dr. House (mesmo ele não sendo nada happy).

Parei pra ouvir o cd com calma. Foi aflitivo. Não tenho muito costume com a voz da Siouxsie, a voz dela é forte, meio grave. Juntando com o resto da banda (eu não sou boa em distinguir instrumentos, então não posso falar separadamente do baixo, da guitarra, da bateria) me deu muita, muita agonia.

Questão de costume. Uma hora depois e eu não queria ouvir outra coisa.

Sublinhe, não sublinhe, sublinhe

Uma coisa que eu estive pensando ontem.

Eu odiava pegar um livro na biblioteca e encontrá-lo todo sublinhado. Falta de respeito dos outros com o que não é deles. Até que um dia eu peguei O Pequeno Príncipe e li a frase "Tu te tornas responsável por aquilo que cativas". Achei lindo, sem saber que essa é a frase preferida de dez a cada dez misses, peguei um lápis e sublinhei. Tenho alma de miss.

Então eu odiava pegar um livro na biblioteca e encontrá-lo todo sublinhado. Porque eu parto do princípio de que se algo está sublinhado, esse algo é importante. Senão, alguém não teria se dado ao trabalho de sublinhar. Minhas atenções se focam no trecho sublinhado e acabo não dando atenção pro resto da obra. É assim também com as minhas xerox acadêmicas.

Se a xerox está sublinhada, eu acabo pensando que quem sublinhou foi meu professor, acabo achando que aquele trecho é importante e acabo lembrando só daquilo na hora da prova. Isso me atrapalha a estudar e a tirar minhas próprias conclusões a respeito da leitura.

Ainda odeio pegar xerox sublinhadas, mas superei meus problemas com livros literários. Chego a achar interessante. Primeiro que eu não conheço as pessoas que pegaram o livro antes de mim e nem o motivo pelo qual pegaram. Segundo que eu fico imaginando o por que de terem sublinhado tal frase, que tipo de pessoa faria aquilo. Terceiro que às vezes, o livro vem premiado não só com sublinhados, mas com frases, comentários de leitores passados.

Por exemplo. Estou lendo o primeiro livro da série Em Busca do Tempo Perdido. Um dos antigos leitores, é meio ruim de memória, então toda vez que surge o nome de algum personagem secundário, que é apenas citado na obra, ele puxa uma setinha e coloca informações acerca do personagem. Há riscos nas cores grafite, azul e roxa.

O azul risca trechos inteiros, puxa setas e faz análises nos espaços brancos. O roxo só marca trechos que gostou com asteriscos. E o grafite é fã da Fiona Apple e gosta da versão dela pra Across the Universe.

Meu dia de princesa

Muitas idéias acumuladas, preguiça e uma vida solitária farão com que hoje seja um dia lotado de posts nesse blog.

Começando com uma reclamação. Decidi fazer de hoje um 'dia de princesa'. Não que eu vá ao cabelereiro, compre roupas novas, faça as unhas, ao som de Netinho di Paula. Aliás, Netinho di Paula foi eleito vereador. Estranho, sempre que lembro dele surgem três coisas na minha cabeça: Lei Maria da Penha, pagode na Cohab no maior astral e dia de princesa.

Então, eu decidi fazer o seguinte hoje. Passar o dia todo assistindo Sailor Moon e Sabrina, a bruxa adolescente. Programas de menina. Depois vou baixar The Best of Cindy Lauper e ouvir pelo resto da noite. Meu namorado vai sofrer, mas estou com tpm, eu mando, tem que ser assim.

Enfim a reclamação. Fui baixar Sailor Moon. Tudo ia bem, até chegar no episódio 24. O título do episódio era 'Neflite morre por Molly'. Obrigada. Agora eu já sei que o Neflite vai morrer pela Molly e não vou mais precisar assistir pra saber o que vai acontecer.

Tsc, como se eu ligasse pra spoiler.

sexta-feira, outubro 03, 2008

A volta colorida dos que não foram

A notícia já é um pouco velha, mas só soube dela agora. Vão lançar no Japão, em novembro, um tamagotchi colorido.

(Fonte: Henshin)

Me espanta 1) saber que ainda existe um forte mercado de tamagotchis por lá [ok, nem me espanta muito];

2) notar que em mais de dez anos de existência e com uma tecnologia que avança mais que procriação de coelhos, só agora será lançada uma versão do bicho virtual em cores;

3) pensar que a próxima década será dominada por essas pragas, assim como aconteceu nos anos 90. Isso impulsionará um revival noventista, assim como ocorreu um revival oitentista na década presente. Imagine a volta das camisas xadrez de flanela, das boybands, da pinta da Angélica, dos tamagotchis, da dance music... Pronto, já pode entrar em pânico.

* * * *

Relembrar é viver (e, principalmente, se envergonhar). O segundo texto que escrevi pra esse blog foi justamente sobre tamagotchis.