domingo, fevereiro 26, 2006

Cartas Abertas

Caro Sr. Carnaval,
Eu sei que o senhor e eu não nos damos muito bem. Não é minha culpa, sabe... eu até que me esforço, mas o senhor também tem que fazer sua parte. Bom, o motivo desta singela missiva é o seguinte: eu quereria que o senhor passasse um pouco longe da minha casa este ano. Eu sei que os meus vizinhos vão te atrair com propostas tentadoras, mas o senhor deve resistir. Conto com a sua colaboração.
Atenciosamente, eu.

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Cara (cara mesmo) torradeira que eu nunca tive,
Um dia ainda te trago para minha casa. Não que eu precise de uma torradeira, eu nem gosto muito de torradas. Eu só quero é ter o prazer de ver as torradas pulando igual golfinhos. Deve ser um belo espetáculo.
Com amor, eu.

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Querida Fifi,
Eu sei que você já está há muito tempo (seis anos) enclausurada dentro do meu guarda-roupa... a culpa é da sua orelhinha que está soltando bolinhas. Eu até consertaria isso fácil com agulha e linha, mas tenho preguiça. Se um dia eu deixar de preguiça e consertar, te levo pra morar em cima do sofá com o Horácio, o Fofo e o Lobi e o Ursinho. Aquilo lá anda precisando de um toque feminino.
Saudades, eu.

-+-*-+-

Ilustríssimo Sr. Porquinho da Índia,
Não nos conhecemos pessoalmente, mas já ouvi muito a seu respeito. Convido-lhe para um chá em minha casa no dia de sua preferência. Aguardo resposta.
Saudações, eu.

domingo, fevereiro 19, 2006

Meu Amigo Virtual

Modismos existem desde que o mundo é mundo e a Hebe Camargo era mocinha. Modismos passageiros então... nem se fala. Aliás, por ser modismo já não é implicitamente passageiro?
Assim como nos anos 80 tivemos a Fofolete (com ou sem arroz dentro), o Playmobil, Comandos em Ação, etc., na década seguinte (que é a que eu lembro melhor) tivemos os Tazos, os bonecos dos Power Rangers e os super-mega-power aclamados tamagotchis.
Eles surgiram no Japão em 94 (o ano que é o Brasil foi tetra) e vieram parar aqui por volta de 97. O nome tamagotchi traduzido (e mal traduzido) significava algo como ovinho, já que o original tinha formato de ovo. Os do camelô tinham um formato estranho que parecia com um ovo cozido amassado (isso se usarmos muito a imaginação). Era chamado carinhosamente de `bichinho virtual´.
A gente dava comida, banho, injeção, jogava pedra-papel-tesoura com ele, colocava pra estudar... A cada sorvete comido ele engordava 1 Kg. Se comesse muita carne virava carnívoro, se comesse muita verdura virava herbívoro. Dã.
Quando eu ganhei o meu, estava na 4ª série. Como uma boa nerdzinha (na época, de lá pra cá muita coisa mudou) eu programava o meu tamagocthi pra acordar no horário que eu chegava da escola. Assim eu podia deixá-lo em casa sem me sentir mal. (é, eu me sentia mal fugindo da regra ` não leve objetos estranhos para a escola ´ ). Meus colegas não faziam o mesmo. A tia tomava todos e andava com eles amarrados em um cordão. No início ela reclamou, mas no final ela já dava até comida pra eles e pensou em comprar um pra ela. Verdade.
Até que um dia eles sumiram. Talvez porque a bateria acabou, talvez porque as crianças se cansaram, ou talvez porque ele foi substituído por outro modismo.
É assim... as trocas e os abandonos existem até no mundo dos brinquedos...

Encontrei o diário do meu bichinho. Sim, ele tinha um diário.
Nome: Magaxi (onde eu tava com a cabeça?)
Apelido: Maga ou Gaxi (mais hein?)
Tipo (marca): Dinokun (era aqueles do camelô que todo mundo tinha)
Data de Nascimento: 10/10/97
Hora: 16:00
Sexo: Feminino
Signo: Libra

Dia 1: Ficou doente e depois morreu.

Parei por aí
=&=/~

domingo, fevereiro 12, 2006

Pra Começar...

Nada melhor pra começar O Estranho Mundo de Mymi do que falar da Mymi, que criou o Estranho Mundo.

Uma visão egocêntrica. Muahahaha.

Eu criei esse blog pra colocar meus textos da época da escola e de outras épocas que eu encontrei jogados no limbo da minha casa. Então pensei: "Por que não compartilhar com a humanidade?" Afinal, com esses textos guardados quem saía perdendo era a própria humanidade =P~

É isso. Não ter comentários me deprime.

Eu sou uma garota e uso calcinha. Sei dançar lambada e a Dança da fadinha. (a rima não foi intencional)
Às vezes não alcanço a cordinha do ônibus. E na casa da vizinha, às vezes, aparecem uns urubus. (essa foi uma rima forçada, admito)