quarta-feira, agosto 27, 2008

Estúdio Coca-Cola

Meses se passaram desde a primeira vez que escrevi sobre o Estúdio Coca-Cola. Nesse pouco mais de um ano, tivemos várias misturas musicais de cantores/bandas da moda de um estilo se encontrando com cantores/bandas da moda de outro estilo.

Resolvi, num esforço imenso, quase sacrificante, analisar o que já rolou por lá.

Lenine e D2




Lenine: Zzzzzzz.... sono....
O que eu conheço de Lenine limita-se a música Paciência, que eu só conheço porque foi tema da Maitê Proença em uma novela. MPB não me comove.
D2: Zzzzzz.... preguiça....
O que eu conheço de D2 limita-se a saber que ele era vocalista do Planet Hemp e que um monte de gente ouvia as músicas dele só porque ele usava maconha. Essas pessoas não deviam conhecer a existência do reggae... Claro que eu já ouvi uma música ou outra dele, afinal eu não estive em Marte nos últimos cinco anos. (Infelizmente).
Mistura: Olha, nada contra rap, ou hip-hop, sei lá o estilo do D2, mas essas rimas no começo da música não fazem meu estilo, não gostei. Outra, esse papo de "batida perfeita" já tá batido. Então chega o Lenine com toda aquela Paciência que dá sono. Acabou a música e eu estava deprimida!

Pitty e Negra Li




Pitty: As letras pseudo-intelectual-filosóficas dela não me agradam, assim como a voz levemente esganiçada. Não rola química entre nós. Mas já gostei dela, lá pros meus dezesseis anos. Durou três músicas.
Negra Li: Ela é linda e tem uma voz igualmente linda. Não conheço muito o som que ela faz, mas até gosto de uma musiquinha que ouvi.
Mistura: Eu gosto de "Você vai estar na minha", acho alegre (depois de ouvir o Lenine cantando Paciência até Radiohead fica alegre). Só que aguentar a Pitty forçando uma voz de rapper me deixou com vergonha. Tava tudo indo bem, mas óbvio que ela tinha que baleiar. Ok, agora a presença de palco da Pitty tá me dando vergonhar. Semata!

Nando Reis e Cachorro Grande



Nando Reis: Acho bonito, mesmo tendo cara de alien. Gostava quando ele tocava nOs Titãs e parecia mais ainda um alien. Gosto das composições dele, mas não dá pra comparar ele cantando as próprias músicas com a Cássia Eller cantando as músicas dele, por exemplo.
Cachorro Grande: Ouvi uma vez, num videoclipe. Não gostei do visual, não gostei da música. Mas como não lembro de nada, nada, não posso julgar. Pena.
Mistura: Acho "Por onde andei" bonitinha. Tá longe de ser a melhor música do mundo, mas é legalzinha. Hm, essa música é suave... a voz do vocalista do Cachorro Grande tá estuprando a música! Estuprou a música, ela engravidou e perdeu o filho porque rolou da escada.

To be continued...

segunda-feira, agosto 25, 2008

Rir tá cada vez mais difícil

Saudosa a época em que eu achava A Praça É Nossa a coisa mais engraçada do mundo, gravava pra ver depois e assistia até o VHS arrebentar. Hoje não dá pra rir das mesmas piadas de vinte anos atrás.

Sem querer entrar no lance do "antigamente é que era bom", que parece papo de tia velha fã do Jerry Adriani, mas ou antigamente eu ria de umas coisas bem idiotas e fui ficando seletiva com o tempo ou as coisas eram mais engraçadas mesmo.

Quero acreditar que eu fiquei seletiva.

sábado, agosto 23, 2008

A invejável arte de engolir comprimidos

Eu sou semi-hipocondríaca. Pesquiso sobre doenças no Google, receio ter um convulsão sempre que assisto House e nunca tomo um remédio sem antes ler as contra-indicações e os efeitos colaterais.

Embora eu fique doente de verdade várias vezes ao ano, a ponto de achar que tenho AIDS pra ser tão doente assim, ainda não aprendi a engolir comprimidos.

Não adianta usar de subterfúgios como enrolar o comprimido no pão, ou jogar ele garganta abaixo e engolir muita água com a cabeça inclinada, ou derreter (o gosto é horrível), ou misturar na comida (o gosto continua horrível e faz a comida ficar horrível).

[Monique, não leia esse parágrafo!]
Então eu peço uma injeção. Eu não ligo de ser furada. Acho que fui viciada em heroína, numa outra vida. Nem acho ruim a sensação da agulha enfiando na pele e do remédio rasgando os músculos, ou veia (dependendo do remédio).
[Monique, pode voltar a ler!]

Já por alguns comprimidos adquiri certa simpatia. É o caso do Doril, da Aspirina, do ácido acetilsalicílico genérico, que eu tomo pra dor de cabeça. Geralmente umas quatro vezes por semana. E o Histamin, que eu tomo pra alergia. Eu consigo mantê-los na boca até que derretam. E engulo.

Concluindo, eu tenho inveja de quem consegue engolir comprimidos. Tenho medo de cápsulas. Não quero mudar, porque sou cabeça dura. Injeção é uma das melhores invenções mundiais. Todos os comprimidos deveriam ter gosto de AAS infantil.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Zé da Esquina

Hoje foi o primeiro dia em que vi o horário eleitoral gratuito - etapa vereadores. Já tenho o meu candidato mais ou menos definido, mas gosto de assistir pra ver as bizarrices que aparecem na telinha.

Um fator corriqueiro que percebi foi a intimidade que alguns candidatos tentam criar para atrair a empatia dos eleitores. Fica aquela coisa bem cidade do interior em que todo mundo só é alguém se estiver relacionado um lugar ou outro alguém. Por exemplo, sempre há o Tião da Mirtes, ou a Regina do Pedro, ou o Lucas da Padaria.

Vi muitos Fulanildo do Mercadinho, Sicranaldo do Gás, Espafregino da Sauna, entre outros. Estou sentido falta de uns tipos mais excêntricos.

terça-feira, agosto 19, 2008

Girls

Eu tinha pensado em tanta coisa pra postar hoje, mas fiquei deprimida e assim não consigo desenvolver nenhum assunto. Vou deixar vocês com uma playlist que fala sobre garotas.

1. Girl - Tori Amos
Só conheci essa música hoje e foi ela que me levou a esse post. Tem umas partes meio chatas, mas quando a Tori canta ` she's been everybody else's girl, maybe one day she'll be her own ´, eu quase choro.

2. Big Girl (You Are Beautiful) - Mika
O clima dessa é o oposto da anterior. Essa música é muito pra cima e tem uma letra bem gostosa. Se eu fosse gordinha estaria me achando o máximo. Só que acho que faltaram umas gordinhas de verdade no clipe.

3. Some Girls Are Bigger Than Others - The Smiths
O sentido de 'big' aqui não é o mesmo da anterior. Ou é, vai saber a forma como cada um vai interpretar a letra. Acontece que o Moz (que intimidade ¬¬) era um puta compositor e ele me faz sentir especial quando escuto essa, mesmo que o efeito dure só o tempo da música.

4. Girl, You'll Be a Woman Soon - Urge Overkill
A música é do Neil Diamond, mas eu prefiro a versão do Urge. Não que eu desgoste da versão do Neil. Quando ouço tenho vontade de ser a Uma Thurman. Ela consegue ficar bem num corte chanel.

5. Material Girl - Madonna
Era tão legal quando a Madonna era meio vadia e tinha essa voz estridente. Eu sou uma garota materialista! A Gisele Madonninha também é.

6. My Girl - The Temptations
Essa música me deixa triste, porque toca no filme de 'Meu Primeiro Amor'. E me deixa com inveja da garota do título. E apesar de toda essa negatividade, adoro.

7. Beautiful Girl - INXS
Sempre que ouço sinto que tem uma tiazona enchalhada que mora dentro de mim.

8. Kiss the Girl - Sebastião, da Pequena Sereia
É quase a melhor música do filme (perde pra Under the Sea). E entre uma batida e outra a gente se pega torcendo pro carinha beijar logo a Ariel.

9. Girls Just Wanna Have Fun - Cindy Lauper
Já estava esquecendo desse hino cantado pela Cindy.

10. You're Gonna Kill That Girl - Ramones
Eu gosto dessa música. Sempre que eu conheço uma garota insuportável gosto de imaginá-la na mesma situação que a da música. :B

Ficou uma lista meio bipolar.

domingo, agosto 17, 2008

Quando a Turma da Mônica encontrou o cogumelo da Alice (ou quase isso)

Todo mundo já sabe que o Maurício de Souza resolveu esticar a Turma da Mônica e agora todos eles parecem adolescentes saídos do Múltipla Escolha.

Sempre pensei na possibilidade de uma dia ver a Turma mais velha, mas desde que fosse num número especial, estilo "What If...", e não com um número próprio. Até porque existe a Turma da Tina para o público jovem.

Pensei em dar uma chance, afinal o MS já me fez tão feliz. (Até já recebi carta do Cebolinha. Longa história). Entrei no site oficial do projeto. Após um longo discurso justificando esse novo projeto, ele fode tudo com esse final:

com o tempo, pretendemos abordar questões pertinentes à adolescência, como namoros, sexo e até drogas. Mas de uma maneira muito bem estudada. Como se fosse de pai para filho.
Já viu adolescente ouvindo pai e mãe? Eu sou a prova viva de como uma criança fofinha e inteligente, vira uma adolescente estúpida e no fim uma adulta psicologicamente perturbada. Eu considero a adolescência a pior fase da vida de uma pessoa.

Sabe a Mônica-baixinha-gorducha-dentuça? Ela cresce, fica gostosona, um pouco dentuça, é verdade, mas esse vai ser o charme dela. Bye, bye, vestidos vermelhos. Agora parece saída do catálogo de moda da Capricho.

Como seria minha Mônica: Ela continuaria baixinha e gordinha depois de grande. Não acharia roupas que coubessem, obrigando-a a continuar usando os horrorosos vestidos vermelhos. Se sentiria mal e excluída por causa do peso. Tentaria milhões de dietas diferentes, sem sucesso, tornando-se bulímica. No final conseguiria um peso saudável através de alimentação balanceada e exercício. Sofreria um acidente onde perderia os dois dentes da frente. Mas escolheria no final, implatar dentes como os perdidos, pois sente falta dos dentões.

Sabe a Magali-gulosa? Agora só come alimentos saudáveis, malha e é super preocupada com o corpo. Estilão rata de academia. (Sempre achei que a Magali era a verdadeira Mulher Melancia).

Como seria minha Magali: Ela não abriria mão fácil de toda aquela comida que engorda e faz mal. Mas ela não quer engordar, então faz sacrifícios pelo corpo. Sonharia com comida, viria as pessoas em formato de comida. Ela representaria o culto ao corpo, quase no estilo que vai ser representada mesmo. Exageraria nos exercícios, comeria escondida e tomaria remédios pra emagrecer.

Sabe o Cebolinha-com-cinco-fios-de-cabelo-que-queria-ser-o-dono-da-rua? Agora quer ser chamado de Cebola.Usou shampoos WS, deu adeus aos cinco fios, mas ostenta o mesmo penteado. Fez tratamento com a fono e parou de trocar erre por ele, exceto quando está nervoso. Agora quer conquistar o mundo, pretensão pouca é bobagem. Um cara que nem conseguiu conquistar a rua.

Como seria meu Cebolinha: Completamente careca. Aproveitaria o visual e se dedicaria à natação. Continuaria trocando as letras, o que provocaria mal entendidos com as garotas. Seria um loser completo.

Sabe o Cascão-que-não-gosta-de-tomar-banho? Agora toma banho, às vezes. Sério, tomar banho às vezes até eu que odeio tomar banho tomo. E virou um viciado em esportes radicais. Não mudou muito.

Como seria meu Cascão: Não tomaria banho, nunca. Imagina o que o mal cheiro acumulado causaria nas relações sociais do garoto e no possível relacionamento com garotas. Seria um pária social.

Exagerei.

sexta-feira, agosto 15, 2008

Gêmea boa e gêmea má

Tive idéia pra esse post depois de ver que alguém caiu no meu blog pesquisando sobre o tema no Google. Botei a mão na cabeça, figurativamente, e pensei: só não existe gêmea má em filme das Olsen Twins e da Disney.

Abrindo o leque pras telenovelas. Mulheres de Areia, um clássico. Rutinha é boa, Raquel é má. A Usurpadora, outro clássico. Paola e Paulina. Teve outra com a Alessandra Negrini, que passou a pouco tempo.

Não é só porque duas pessoas compartilharam um útero que uma delas deve criar planos de crueldade acentuada contra a outra. E se for pra se malvada se arrepender no fim da vida, era melhor nem ter sido má no começo. Não tem nada pior do que vilão arrependido.

BÔNUS: um texto da Luciana do Rócio sobre Paola e Paulina e uma pergunta no YR.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Levantou poeira

Em pleno clima olímpico, meu sistema respiratório luta pela vitória contra o ar devastado por partículas voadoras de terra.

Caso o tempo não mude, terei que procurar algo como "Dança da Chuva for Dummies" pra tentar resolver meu problema.

Nunca é bom quando você se sente no meio de uma música da Ivete Sangalo.

segunda-feira, agosto 11, 2008

O dia em que a Terra parou

Gmail há uma hora sem funcionar. Imagina se isso acontecesse com o msn, por exemplo, a quantidade de adolescentes se matando neste minuto. Como o Gmail é um e-mail mais, digamos, sério, as pessoas estão apenas se descabelando pelo transtorno. Fica aqui minha solidariedade, companheiros. Só não estou junto, nessa luta, xingando até a quinta geração do Paul Buchheit, porque não preciso acessar o Gmail agora.

Fica aqui minha homenagem a esse serviço de e-mails, lindo, que eu acesso umas dez vezes por hora. Onde eu converso com meus amigos no GEC (Grande E-mail Coletivo), onde recebo atualizações dos grupos que participo (#clubedoe-livro e #blogyn), onde recebo newsletters que não leio, onde armazeno informações importantes sobre minha pessoa, onde as pessoas podem entrar em contato comigo, onde leio os comentários do meu blog, onde eu converso com o meu namorado usando o sistema de bate-papo...

Ok, estou começando a me descabelar também.


sábado, agosto 09, 2008

Desopila, ô, desopila* (1)

*título a ser cantando no ritmo de Adocida, do Beto Barbosa

Desde que aprendi (ou acho que aprendi) o significado da palavra desopilar, não paro mais de usá-la. Ainda mais agora com o final das férias, vou precisar de muitos artigos desopilantes pra sobreviver mais um semestre.

Na área literária, por exemplo. Já comecei a ler As Crônicas de Spiderwick. É caro, mas os e-books existem pra salvar os pobres de bolso como eu. As Crônicas consiste em uma série de cinco livros, criados por Holly Black e Tony DiTerlizzi. A história é muito parecida com muitas que tem por aí, em livros de estilo semelhante. O diferencial desse livro fica por conta das ilustrações, que às vezes tomam uma página inteira e fazem com que a leitura fique mais rápida.

Quadrinhos também são uma boa opção. Ontem comprei mais um livro da coleção do Snoopy, lançada pela L&PM. Adoro a Sally Brown. Adoro todos, mas ela é especial. E mangás. Eu prefiro shoujo (e josei). Nessas férias eu me afundei nos shoujo mangás, usei e abusei dos fansubs. Ontem comprei o segundo volume de Ouran Host Club. O anime é um dos mais engraçados que eu já vi e o mangá consegue ser melhor que o anime!

Fico devendo a desopilação musical.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Personality Desorder Test

Lá tava eu, naquela missão impossível de ler uns 520 feeds acumulados até antes das férias acabarem. Tá, depois de muito notícia velha e repetida, vários posts diversos [hein?] sobre a morte da Dercy e tal, cheguei no eudi. No eudi, entre outras coisas, tinha link prum Personality Desorder Test. Assim, que eu não posso ver as palavras 'test' e 'personality' juntas que coço os dedos pra clicar e fazer.

Olha o resultado:

DisorderRating
Paranoid:Very High
Schizoid:Very High
Schizotypal:Very High
Antisocial:High
Borderline:Very High
Histrionic:High
Narcissistic:Very High
Avoidant:High
Dependent:High
Obsessive-Compulsive:High

-- Personality Disorder Test --
-- Personality Disorder Information --


Eu já esperava algo do tipo, mas eu não esperava que SÓ desse high e very high nos meus resultados. Lincença que eu vou ali cantar com a Simony. :B

terça-feira, agosto 05, 2008

Evolução

Adoro o processo evolutivo das coisas.

Primeiro, você tem xis. Xis é usado a exaustão. Xis está em todos os lugares. Xis é pop. Xis é o zeitgeist. Um dia alguém cansa do Xis. E esse alguém dá ao mundo o anti-xis.

No começo todos vão olhar o anti-xis com o pé atrás. Então, é questão de um piscar de olhos pro anti-xis estar em todos os lugares. O anti-xis ser pop. O anti-xis ser o zeitgeist. Um dia alguém cansa do anti-xis. E esse alguém dá ao mundo o ipsilon.

O ipsilon nada mais é que uma releitura do xis. No começo todos vão olhar o ipsilon com o pé atrás. Então, é questão de um bater de palmas pro ipsilon estar em todos os lugares. O ipsilon ser pop. O ipsilon ser o zeitgeist. Um dia alguém cansa do ipsilon. E esse alguém dá ao mundo o anti-ipsilon.

E em um lugar quietinho e isolado, alguém que não está satisfeito com xises e ipsilones, e seus contrários, criará o alfa. O número de pessoas que prestará atenção no alfa será menor do que o número de brasileiros que já escalaram o Everest. Alfa não estará em todos os lugares. Alfa não será pop. Alfa não será o zeitgeist. Um dia o alfa acaba, tão rápido quanto surgiu.

* * *

Notas

Eu não sabia que se escrevia ipsilon. Sempre achei que era ipsolon.

Não sei direito o que é esse tal de zeitgeist. Eu acho que sei, mas não tenho certeza. De qualquer forma é uma palavra bonita.